quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Revoar

"Revoar, a poesia do homem cordial"


“Mas em tudo que vejo e penso, se existe razão, me aparece um rosto que nunca toquei. Talvez seria ousadia demais. Tudo tem, e tudo que tem é do jeito que é, para ser significante, se tiver parecer utopia em forma de sina, que seja assim eternamente, que não perca em gostos rebeldes a beleza do imaginário. Solitária visão escura de criar em cimas de fotos , tolas imagens. Não dizem nada, mais dão o suporte perfeito para criar-mos nossa própria idéia, às vezes tola e irreal, mais bonita. E o que vale mesmo além da beleza plena felicidade momentânea. Quem nunca se imaginou ganhando na loteria e se deliciou com a farsa montada ali, a volta depois pra realidade pode não ser tão bonita ou agradável, mais é o que da lugar ao sonho possível ou não. As vontades irracionais do ser HUMANO...




Já imagino as asas nossas tocarem, abraçadas rimos...e assim eu formo um anjo em meu cociente sem querer aperfeiçoar ao ponto gráfico mecânico, só simplesmente natural.




assim me sinto vivo, sonhador menino... homem revoando lugares onde nunca passei”




(Vinnie Vieira)





ja posso sentir emergir o monstro da lagoa...devasta...vida cordial



segunda-feira, 2 de março de 2009


(uma reflexão feita a algum tempo em um dia longo...mais que terminou)

O velho lago I (o dia)
Então é dia Você acorda bem cedo De olhos semi abertos esfrega tuas mãos nos olhos o percebe muito Reage na forma que já lhe é programado Lava-se, e enxerga perfeito. Arruma os cabelos e veste a roupa do dia Passa a mão pelo corpo apenas para desamassar o traje novo das mesmas cores Retoma postura frente a porta Pisa fora de casa Espreme os olhos enquanto sol bate em seu rosto Abaixa a cabeça e segue rumo onde sempre vai O oficio é simples, mecânico. Rodas grandes se movimentam Pessoas batem ferramentas Não se precisa pensar. Desta forma o tempo passa mais rápido Aos gritos de alguém toma-te forma de escravo Resume-se a pena, que desce rumo sem o mínimo saber onde está. Bate o sino seu coração bate fraco Seu pensamento se resume a pequena ceia que em sua casa o aguarda Sai de lá dimiu-se a mais um nas montanhas de gente Espremido no ônibus percebe quão perto as pessoas estão Mais com pouco que se enxerga meio metro da idéia de imensidão Chegas em casa. O olho brilha Seus filhos já dormem, nem se quer sorriso lhe ofertaram. Tua mulher cansada quase não ri quando chegas Você fragiliza Ríspido pega o prato já pronto a mesa Devora-o Se levanta escova os dentes. Deita ao lado de sua mulher na cama O beijo de sempre, o olhar de sempre, os mesmo segundos de silencio. A murmúrios de uma velha reza. E mesmo com depois deste dia você não se reconhece E se perde na incerteza de uma só pergunta Vou ou não esta noite ao menos sonhar....

O velho lago II (a noite)
Mais antes de dormir você promete. Antes de enterrar sua cabeça no escuro do quarto Você se admira da força do teu sangue. Reluta e pensa: “Amanha irei de tomar outro caminhos” Esquece-te do oficio E dorme. Tantas horas de sono profundo nem se da conta das horas que se passaram Nem de tua mulher resmungando de você não trabalhar Nem de teus filhos que já nem se lembra dos olhos Acorde-te muito depois Levanta-te É noite Poe os pés no chão e senti frio Sem camisa abre a janela. Afasta Vê o quadro perfeito que se forma ali, exatamente naquele momento Melhor que qualquer poesia não se preocupa com as formas que o vento Faz e desfaz no seu rosto Respira fundo Preenche o peito de ar Não se da o luxo de achinelar seus pés Nem se quer lembra das velhas cores do seu uniforme Pega sua camisa, a veste. Aponta o queixo para o horizonte Se da a delicia de correr na madrugada até o velho bosque da cidade O velho lago Chega da mais uma profunda respirada Quando solta o ar como ancora lhe afunda uma lagrima Cai ao chão levanta o mínimo de poeira A lembrança: “Sai daí menino não ta vendo que ta frio, já vai escurecer, amanha você vai amanhecer gripado” Responde: “Não vou sair daqui, a água esta ótima, fala a verdade você queria estar aqui” não esta por que não tem coragem, Pai você cresceu e perdeu a coragem “ a lagrima não era tua e sim do pai Agora a moeda virou de posição você ou ele se enxerga como o pai, com medo do lago frio e velho. Outra lagrima escore do seu rosto, você a percebe atira suas mãos a favor dela, e antes de tocar o chão você pega a sua lagrima na mão. A transforma em uma rosa como quando criança A enfeita no cabelo e pergunta Por onde andei todo esse tempo?

(Vinnie Vieira)



terça-feira, 3 de junho de 2008

Custos e Valores...visão Shangri-lá







Falar de Shangri-lá é falar "do paraiso", querer se expressar sem medo do tempo ou da forma, sem pensar se cai bem ou se cai mais ou menos bem, o que vem de bom nem sempre é tao legal, e as possibilidades de vivencias realmente importantes estao resumidas ja que estamos vivendo nada mais e nada menos do que valores que na verdade eu nem sei quem falou que tinha valor, quem sabe?, quem disse que errar é ruim nunca aprendeu nada, se diferenciou pela ignorancia e talvez nada mais que isso. E se ser assim e assado é de extrema importancia e valor eu me pergunto



...quantos vintens eu deixei de valer ou custar?




"eu nao custo nada, talvez o meu prazer...não estou a venda...mais posso me alugar"




" A verdade é que nao tenho medo de falar o que realmente penso"

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Pierrot


"Não é minha realidade...sonhar sim...mais se pode tamber tocar o céu sem tirar os pés do chão"
(Vinnie Vieira)
Pierrot
De Vinnie Vieira
Antes de tudo acabe
E o brilho não venha mais do seu colar
Eu fujo do destino
Despindo-me da lastima
E na calma plástica
Cinza cor me envolve
E envolto dos cumes
Calmas sinas e cismas
Arremetem-me aos cabelos longos
E seu jeito sonso de descolar
Sua saliva da minha derme
Não deixas secar em mim uma só lagrima
E a caricia dos beijos me acalma


Depois que o sono passar
E a angustia de estar não mude
Os sonhos gastos nos retratos
Pintados em meu ser que retem
Você como nuvem regata água
E sem vida sem palavra me destina
a mentir e amar o que não posso mais
Fugir é que estou de volta do seu olhar
E mesmo que Osíris se segue
E céu não pare de chorar
Os teus mares passaram longe das minhas poças
E nas costas suas unhas e nas unhas meu ar
E a vida se perde
Eu nem mesmo poderei recuar
Pois em meus olhos ecoa tua luz.
Que canta
Que dança
Que mata
Quem preza
Quem reza
Sem saber pra quem
Sem saber por quem.




(Vinnie Vieira)

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Menotti del Picchia



A PAZ

A alva pomba da paz voou aos céus serenos.
Embaixo homens se agitavamentre gritos e tiros.
Paquidermes mecânicossulcavam fossosrasgando trincheiras.
Cansada de librar-se nas alturasa pomba da pazbuscou na terra um pousoe flechounum vôo retorumo a uma coisa imóvelhirta e muda no raso campo verde.
E pousoucalma e tristesobre as mãos cruzadas de um cadáver.



POEMAS DO VENTO

Gastar-se no tempodiluir-se no ventoevolar-se no sonhodeixando- haverá quem o colha? -um resíduo...
Memória.
Levarei por onde andeuma inquietação mais nadaimpulso vital que extingodentro de um pouco de lama.
Tal que o vento que bailafazendo seu corpo efêmerocom a poeira das estradas...



VELHA CANÇÃO

Não penses que não te espero na aparente indiferença.Esta fingida descrençasó disfarça desespero.
Se a falsa máscara friapudesse quebrar esta ânsiasaberias que a constânciaé meu pão de cada dia.
Um pudor duro e severoesperar desesperadoé o que nutre este pecadode querer como te quero.
Destarte - tímido louco -não ouso sondar tua almae nesta insofrida calmadia a dia morro um pouco.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Aceitando o desafio da Zana!!!




Bora la...ja que aceitei essa parada vamos lá...
tb tava na hora de eu postar algo menos filosofo por aqui hahah
vamos laaaaaa...a
adorei zana hah...
deixa eu ver

o desafio é escrever 7 coisas sobre 7 coisas...beleza!!!


1) Sete coisas que eu gosto!!!
de buteco (bom tb)
de amigo (todos, nao tenho amigo que nao gosto)
de musica (principalmente as que me fazem viajar)
de teatro (eu nao sendo eu)
de sexo (ops...po...sem hipocrizia)
de rir (hihi)
de falar merda (adoroooooooo)
2) Sete coisas que eu não gosto!!!
De gente futil
Da monarquia brasileira
Do capitalismo
De ser obrigado a fazer algo
De me contradizer
De nao conseguir fazer o que eu quero
De barulho na hora do ensaio da banda
3) Sete coisas que eu faço sempre:
Falar merda
Ser contraditorio
Cantar
Rir
Durmir tarde
Acordar tarde
Discutir com minha mãe
4) Sete coisas que eu quero fazer
Morar no mato
Ter meu ateliê
Viver de musica
Viver de teatro
Ir pra frança
Voar sem aparelhos nenhum
mudar o mundo (ahhah só eu haha)
5) Sete coisas que eu nao quero ser!!!
Ser contraditorio
Ser injusto
Ser idiota
Ser ignorante
Ser ignorado
Ser incopreendivel
Ser um merda

6) Sete coisas que eu nao quero ter!!!
Filhos
Raiva
Lição de casa
Que acordar cedo
Que comer pipoca com vinagre
Não quero ter uma namorada padrão (Bonita gostasa e burra...vem no pacote)
Preocupção
7) Sete coisas que eu espero da vida
Que eu goze dela e se possivel nela
Que eu cante ela e se possivel com ela
Que ela me de força pra lutar contra meu contras
Que ela seja linda pra todos que me rodeiem
Que ela seja justa com os justos
Que ela me de tezão até o ultimo segundo
Que ela nao leia isso pelo amor de Deus

Pronto ta ai e to aceitando mais desafios heimmmmmmmmmm...
valeu zana
inte mais muié...abraços a todos

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Noite triste



(Para o meu anjo mais especial, Maraisa Oliveira, onde estiver, sempre por aqui)



Não há o que dizer...
Nestas noites tristes, agentes não tem realmente o que fazer.
Até as cores não dizem muitas coisas
E nem a lua parece querer aparecer
E assim se mostra o medo da luz que não se impõe na escuridão

Melhor então é ver tudo com a beleza que só quem quer ver a tem
Melhor então descobrir caminhos mais leves
Melhor então deitar e num efeito dissonante e envolvente se perder
Não é preciso chorar
A chuva como lagrimas já o fará

Existe só uma maneira de sobreviver
E se entregar à desilusão não é caminho a ser traçado
E se há pedras no caminho e será preciso calejar para aturar toda dor
Que sejas pontiaguda e não deixe que meu grito se prenda
Que eu não aprenda chorar
Mais que em mim aprenda a sonhar

E talvez tudo isso nem valha tão a pena
E talvez tudo isso não tenha brilho algum
Será então que eu tenha mais perguntas sem respostas do que verdades pra contar
São noites assim que nos fazem pensar
Pensar que minhas rimas não dizem nada
Ou que meus nadas não fazem rimas

São noites assim que me perco
Se perder é preciso e digo mais
É se perdendo que sentimos o sangue correr em nossas veias
É se perdendo que vivo
É se perdendo que me enxergo e percebo quão pequeno sou
E quanto ainda posso crescer
Não é necessário quase nada pra se encontrar
Não é necessário luz para enxergar o que está dentro da gente
É preciso escolher o caminho
É preciso viver sorrindo
É preciso caminhar cantando

Pra se achar, se perder.
Pra se manter, mudar.
Pra falar, escutar.
Mais sobre todas as escolhas
Escolha sempre e sempre...
Amar.
(vinnie vieira)

Fiz este poema após receber uma msg no celular desse anjo que eu nunca vi, mais o sinto como tudo que é preciso

sábado, 19 de maio de 2007

O erro e a beleza

Vocêmecobraumpoucomaismeatençãocobra-mecoisasqueeunãopossofazertalvezeuatepoderia ajudarHojeforamrápidasdemaisesabe,nãohámaisbrilhonoteuolhar.evocêsabeoqueeuestoufalando nãohamaisbelezanãohámaispaznãoasentimentosrendidosnemluzesquedirãoqueestamosindoproladocerto quandoocertoseescondeenãoconseguimosverpoisestáescurodemaisdeixamosotempofalar
maisaltoqueagenteeohojeoqueerabelonãopassaderascunhosvocêtambémpodeverqueeunãofizsozinho nossosespíritosforamdesconfiguradosenadamaispodevoltaranãoser...
nossasbrigasosquadrosqueestávamosjánãomostramnossossorrisosevocênãovê
quetudoacabounão...não...acabou...equetudoquefizemosfoilindomaisnãohamaisluznembrilhonosnossosolhos entãonãoqueiramaisdançaramaisvelhadascançõeselajánãotocacomoantigamenteonossobrilhofoiapagado...sou estrelassóesó...andandosozinho...minhamãonasuanãodiznadanãodizoqueeuquerodizer...nempodedizer nuncamais...nuncamais...nãovaitermaisnada...anãoser...quadrosnaparedefotosnaparedeluzesnaparede amoresdeparede...nãoexisteluzesnapareceabraçosdeparede...luzez...nãohamaisoquefazer
nãohámaisoquefazernãohámaisoquefazernãohamaisoquefazernãohamaisoquefazernãohamaisoquefazer nãohamaisoquefazernão...
oquefazer?



(vinnie vieira)


"Vc so ama quamdo intemdi a belesa do ero"

(vinnie vieira)

Viva a independência




Como milhares de músicos de todos os paises sou mais um musico independente que mesmo sendo independente dependo de muitas coisas.
A independência na arte é o clarão da igualdade, pois nos traz as origens dando ênfase total a criação de um trabalho sem maiores forças que as vezes prostituem um trabalho. Tais forças fazem com que o artista deixe de fazer o que se tem na alma pra vomitar seu desgosto. O seu gozo então se desfigura.
Sendo ainda assim independente, como muitas, Shangri-lá cresce, sobre os olhos de muitos, pelo gosto de alguns e pelo bem de todos.
A independência sim é um grito contra a repressão. Vendo pelo lado que estamos engolindo o mastigado da mídia, sim, pois podemos perceber que não há mais tanto gosto nem na musica nem na arte, estamos absorvendo o que tem pra ser absorvido ou o que está mais fácil de se ver ou escutar.
Por causa dos vários métodos, a mídia, nos proporciona o que ela quiser, quer dizer, o que lhe render mais níqueis. Não espero uma revolução musical, pois hoje, todo modo de revolução vira guerra e estamos cansados de tanta guerra. Acho que espero um pouco mais de visão de todos, talvez uma percepção maior da arte, como, por exemplo, a maior beleza cênica que é o teatro pobre, que usa da imaginação perceptiva para realizar as cenas.
Falta em nós uma percepção maior, talvez devido a louca procura pela perfeição deixamos de perceber que a beleza está nos olhos de quem vê, e que a mais bela perfeição esta nas imperfeições.
Viva a independência, a independência de gostar do que quisermos, a independência integral, seremos então livres para a escolher e sermos nossas escolhas. Nossa independência moral, nossa independência carnal e espiritual por que não.

“ Ainda não entendo por que tenho que cortar meus cabelos, tirar meus brincos, colares e pulseiras pra trabalhar.”



(vinnie vieira)

terça-feira, 8 de maio de 2007

Talvez... Tal...Vez




Talvez seja complicado demais pra eu olhar nos seus olhos.
Talvez você nunca entenda as razões dos meus atos, eu nem te cobro isso, não mesmo.
Talvez nem eu entenda o por que destes suspiros, o por que de ser.
Talvez eu nunca cobrarei de mim mesmo algum ato nobre, não é meu jeito de jogar.
Talvez eu também não consiga enxergar através da porta, talvez a porta nem exista.
Talvez ela seja fruto da minha imaginação...Ou não.
Talvez olhe assim para tudo, o que muda é o jeito de apreciar.
Talvez não teria o mínimo de graça todo este tempo. Afinal que tempo é este
Talvez complicaremos tanto que nunca conseguiremos ver a verdadeira cor
Talvez a cor mude de olhos pra olhos, e os meus que cor serão?
Talvez não há chances e nem tempo mais pra nada.
Talvez meu tempo se resuma e o seu tu não use.
Talvez seja preciso muito mais força do que jeito, quem vai saber?
Talvez vamos ver nos próximos capítulos meu fim e a sua glória, ou não?
Talvez não exista mais força pra lutar nem olhos que enxerguem.
Talvez o poder não seria aquele que derruba o que esta em cima e sim levante o que esta embaixo.
Ou talvez o poder ainda nem exista
Ou talvez eu também não exista
Ou talvez seja só existência
Ou talvez só resistência
Ou talvez sobrevivência
Talvez brilhos
Talvez risos
Talves sinto
Talvez minto
Talvez...Tal...Vez.
(Vinnie Vieira)